segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Parnaíba

Em agosto de 1996 foi criada a Área de Proteção Ambiental (APA) Delta do Parnaíba,pelo decreto S/Nº de 28/08/1996 com uma área de 313.800 ha, com a intenção não só de proteger os recursos hídricos e a mata aluvial, mas também incentivar o turismo ecológico e conscientizar a população da área. A APA vai das cidades de Barroquinha e Chaval, no Ceará, a Tutóia, no Maranhão. Entre as proibições legais estão: - atividades salineiras e industriais poluidoras; - projetos de urbanização, terraplanagem, estradas, canais e atividades agrícolas que alterarem as condições naturais; - atividades que provoquem erosão; - atividades que provoquem matança ou molestamento de espécies raras, principalmente o peixe boi-marinho; - uso de biocidas e fertilizantes; - despejo de efluentes, resíduos ou detritos nos manguezais e cursos d'água; - retirada de areia e material rochoso Principal atividade extrativista, a pesca do caranguejo alcança números impressionantes: entre 80 e 100 toneladas do crustáceo são retirados mensalmente dos mangues do Delta. Uma das ações para seu controle foi a criação de uma Reserva Extrativista Marinha entre as cidades de Araioses (MA) e Ilha Grande (PI), numa área total de 27 mil ha. A reserva é controlada pelo Ibama, que treinou voluntários das comunidades para fiscalizar a pesca em suas áreas. A proibição do uso do cambito (barra de ferro usada para alcançar o caranguejo) não vem sendo respeitada, enquanto as fêmeas já são preservadas pelos pescadores, até porque seu valor comercial é menor que o dos machos. Segundo o Ibama, o ideal é proibir a pesca do caranguejo de janeiro a março, época de desova da espécie. Este período é chamado de ´brincadeira´ ou ´carnaval´ pelos nativos devido à grande agitação dos caranguejos. As plantações de arroz mantidas pelas comunidades ribeirinhas também ameaçam o ecossistema do mangue. Atualmente é proibido desmatar as margens dos rios, mas a prática anterior à lei já derrubou muitas árvores. Para qualquer desmatamento é necessário obter uma autorização especial do Ibama, que só permite atividades no mínimo a 50 metros das margens. Outra ameaça é a caça ilegal de pássaros da região, que são vendidos como fonte de renda complementar para os moradores das ilhas.

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